terça-feira, 6 de setembro de 2011

Nós também estamos nos informando sobre a aids!



Além de ensaios para levantar as cenas e descobrir os personagens, preparação corporal e vocal, para montar o "Depois daquela viagem", nós – o elenco, direção e produção – estamos nos familiarizando com tudo que se sabe sobre o HIV e sobre a vida das pessoas que são portadoras do vírus. Isso é importante, pois assim podemos tratar do tema com mais propriedade.

A conversa, ou melhor, as conversas que tivemos com o Dr. Esper Kallas, médico infectologista dos mais apaixonados pelo tema, por seus estudos e por seus pacientes, nos deu uma excelente base sobre as formas de transmissão e de prevenção, o preconceito que ainda ronda o HIV, as formas de tratamento e a relação dos portadores com seus familiares, amigos e com sua própria vida.

Em primeiro lugar, a designação correta é "portador de HIV" ou “pessoa que vive com HIV”. Isso foi adotado para diminuir o estigma que acompanha quem contraiu o vírus. A aids é a designação da doença, um quadro de saúde debilitada onde as células CD4 responsáveis pela imunidade do organismo estão em número reduzido por milímetros cúbicos de sangue e o numero de vírus está alto.

Graças ao avanço da medicina e das pesquisas farmacêuticas, os remédios que existem hoje em dia permitem limitar a reprodução dos vírus dentro do organismo, controlando assim sua proliferação. A parte negativa é que para cada pessoa pode existir um efeito colateral (alergias, disfunções intestinais, sindrome metabólica, lipodistrofia, etc) dependendo do remédio e do organismodo paciente.

O Brasil (sim, há muito de que se orgulhar no nosso país!) foi o primeiro no mundo a disponibilizar o coquetel gratuitamente para quem é portador do vírus. Se em algumas posturas ainda estamos atrasados, nesse caso fomos pioneiros!




Contágio através do sexo

No contágio sexual a prática de maior risco é a relação anal desprotegida. Isso porquê o ânus é uma região de alta absorção (o intestino todo tem essafunção absorvente) e isso torna mais fácil a transmissão do vírus.

A segunda prática de maior risco é o sexo vaginal sem camisinha. E quem é mais vulnerável é a mulher, já que todo o canal vaginal é recoberto por mucosa, uma pele fininha, fácil de romper e de se tornar uma entrada para o vírus.

Mas é claro que em ambas as situações – tanto no sexo anal, quanto no vaginal o dono do pênis também corre risco, pois apesar de sua pele ser mais firme ao redor do corpo, a cabeça é coberta de mucosa.
O caso menos comum de contaminação é com o sexo oral (tanto no homem quanto namulher), necessitando haver contato do sangue ou sêmen contaminados com um machucado na boca de quem está fazendo o sexo oral.



Informação com carinho


A riqueza das conversas com nosso "Dr. Afeto" (não contive a piadinha, a Valéria tem o dela, nós agora temos o nosso!) veio também da sua experiência de ter se tornado infectologista há vinte anos atrás, quando o medo de fazer contato com os pacientes era enorme e as mortes muito comuns.

As histórias que compartilhou conosco dessa época nos emocionaram e sem dúvida vão acrescentar à nossa compreensão do tema, aparecendo no palco, seja na interpretação dos médicos, dos enfermeiros ou da própria Valéria e seusfamiliares.

Obrigado Dr. Esper!Você é um artista da medicina!


3 comentários:

  1. É isso aí, meninada, estou gostando de ver o empenho de todos para tratar do assunto com carinho!

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  2. Muito importante que a peça, além de emocionar, está ensinando, abrindo caminho para a compreensão de como se proteger sem deixar o amor de lado. Parabéns a esse grupo apaixonado.

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  3. Apaixonados e facinados por conhecer uma hitória de conquistas e vitórias. Pena que nem sempre é assim, mas estamos voltando com força total para alertar, informar e emocionar muitas pessoas.

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